As idealizadoras da Trilha Brigadeiro x Caparaó, Amanda Guiduci e Valéria Moreira _ integrantes do Caminhantes do Caparaó; estão mobilizando campanha de arrecadação para levarem o projeto para o “I Congresso da Rede Brasileira de Trilhas” que acontecerá em Goiânia (GO), do dia 24 a 29 de maio. Além de divulgar a trilha de longo curso, elas terão um stand para divulgarem a região e seus produtos locais.
Os interessados em ajudar na campanha podem doar dinheiro pela Vakinha Online (clique no link), enviar materiais de divulgação (pousadas, restaurantes, campings, atrativos naturais, guias locais, festas típicas, etc); e/ou produtos que não precisem de refrigeração – café, mel, geleia. Tudo que seja possível transportar e realizar a degustação e exposição no stand.
Todo valor arrecadado será convertido na viabilização da viagem. “Vamos representar as IGR’s (Instância de Governança Regional) da Serra do Brigadeiro e da Serra do Caparaó levando a todos o conhecimento a respeito da implementação da Trilha de Longo Curso Brigadeiro Caparaó. Essa trilha será uma ferramenta importante de Conservação, de Saúde, Lazer e geração de emprego e renda na zona rural, além de poder funcionar como um motor do desenvolvimento econômico regional!”, detalha Amanda e Valéria.
Não conhece o projeto ou quer mais detalhes de como ajudar esta Campanha?
Leia a entrevista completa que fizemos com a Amanda Guiduci e Valéria Moreira, do Caminhantes do Caparaó:
- Como surgiu a Trilha Brigadeiro Caparaó?
A Trilha Brigadeiro Caparaó vem sendo pensada desde 2013, mas foi a partir de 2016 que efetivamente a ideia começou a virar realidade. O Caminhantes do Caparaó – formado por duas mulheres: Amanda Guiduci – Fisioterapeuta, especialista em Envelhecimento Humano e mestre em Lazer e Valéria Moreira – Assistente Social, Psicóloga, especialista em Psicologia do Trabalho e mestre em Lazer – deixaram a capital mineira para investirem no objetivo de tornar conhecido os dois importantes remanescentes contínuos de Mata Atlântica da Zona da Mata Mineira.
- Por que conectar os dois parques?
A pergunta talvez seja: por que não conectar? Qual a melhor forma de dar visibilidade a duas importantes Unidades de Conservação: criar uma trilha de longo curso que possa vir a ser um corredor ecológico. Entramos em contato com a Rede Brasileira de Trilhas, que ainda funcionava como um grupo de voluntários (hoje faz parte de um projeto nacional através do Ministério do Turismo) e apresentamos a proposta que foi aceita imediatamente.
- Quem está envolvido neste projeto?
O Caminhantes do Caparaó é o responsável pela implementação da Trilha Brigadeiro Caparaó junto à Rede Brasileira de Trilhas (RBT), contudo, a sua construção é coletiva.
- Qual o roteiro?
Estamos na fase de geomapeamento do trajeto da trilha. Não é uma tarefa fácil pois, seguindo os preceitos da RBT a trilha deve conectar fragmentos de Mata Atlântica e ser construída de baixo para cima, engajando as comunidades, a agricultura familiar, os povos originários e dar prioridades às tradições. Não é seguir um caminho, mas criá-lo a partir da participação ativa de todos que quiserem fazer parte.
- São quantos quilômetros de distância?
Dessa forma não há como precisar, neste momento, a distância da trilha. Isso irá depender diretamente dos territórios que queiram participar. Temos uma previsão de, no máximo, 200km, mas vai depender dos fragmentos de mata e das famílias interessadas.
- Passa por quais cidades?
A trilha será em território mineiro. Terá o seu marco inicial no Parque Estadual da Serra do Brigadeiro e passará pelos municípios de Fervedouro, Carangola e Espera Feliz, finalizando na Portaria de Pedra Menina, pela estrada mineira da comunidade do Paraíso, no Parque Nacional do Caparaó.
- Quantos dias de trajeto?
A RBT preconiza que, em média, uma pessoa caminhe 25km por dia. Como a região por onde passará é de considerável aclive estimamos que, em alguns trechos, se faça menos
quilômetros do que o esperado. Logo, estimamos cerca de 07 dias para completar o percurso.
- Já tem pontos determinados para pernoite?
Essa fase virá juntamente com o trabalho de campo de geomapeamento e levantamento das famílias interessadas. Esse também é um fator que pode aumentar os quilômetros já que podemos ter que caminhar mais para chegar a tais famílias.
- Teve financiamento de algum edital público ou patrocínio para viabilizá-lo?
Neste momento, por estarmos cursando bacharel em Turismo na UEMG, em Carangola. Conseguimos verba via Programa de Extensão para a fase de geomapeamento. Estamos buscando parceiros e possíveis patrocínios. Todo o custo para a implementação da trilha, até agora, foi pago com o trabalho de Fisioterapia, Psicologia e do Caminhantes do Caparaó. Ou seja, tem muito amor envolvido nessa causa que beneficiará um grande número de pessoas. Isso tem, realmente, custeado o nosso trabalho. Mas, só isso não basta. Para as próximas etapas será necessário apoio financeiro efetivo.
- Como o turista pode acessar a descrição da trilha?
Toda a divulgação da Trilha Brigadeiro Caparaó é realizada pelo RBT através do site, de eventos, mídias sociais e do aplicativo e-trilhas. A RBT tem alcance internacional e a ideia é replicar no Brasil os moldes de famosas trilhas de longo curso espalhadas por todo o mundo e atrair esses turistas.
- Precisa de guia para realizá-la?
A trilha é autoguiada. Não é necessário a contratação de guia. Esse é um fator importante, pois dá liberdade a qualquer um de completar o percurso.
- Quais profissionais são indicados?
Vemos grande possibilidade das cidades se organizarem para também receberem esse turista e mostrar a eles os principais atrativos naturais. Esse sim é um serviço que dependerá de guias locais, de infraestrutura e logística turística. As cidades, não só as diretamente ligadas ao trajeto, mas todas as que pertencem às IGR’s do Brigadeiro e do Bandeira podem se beneficiar.
- Estão realizando uma Vakinha para viabilizar a apresentação da trilha no congresso. Qual a meta de arrecadação e o que o valor pagará?
A meta é o valor necessário para o deslocamento de Carangola (MG) para Goiânia (GO). A princípio o deslocamento seria de avião, mas com a intenção de levar o maior número de representações locais, optou-se por realizar o trajeto de carro para poder levar produtos locais e material de divulgação para o stand que conseguimos no evento.
Serão 2456km no total (ida e volta), 06 dias de hospedagem e alimentação para duas pessoas. O congresso acontece entre os dias 24 e 29 de Maio. Estimamos em torno de
R$3.500,00.
- O que pode ser doado?
Dinheiro via PIX VaKinha;
Material de divulgação (pousadas, restaurantes, campings, atrativos naturais, guias locais, festas típicas, etc);
Produtos que não precisem de refrigeração – café, mel, geléia, enfim, tudo que seja possível transportar e realizar a degustação e exposição no stand.
- Os interessados devem procurar quem e onde podem deixar os produtos e material de divulgação? Até que dia?
Os interessados podem entrar em contato via whatsapp (31) 99360-6697 para obter informações.
Os produtos devem ser enviados até o dia 20 de Maio para a sede do Caminhantes do Caparaó: Travessa Doutor Sebastião Guimarães de Paula, número 10, Centro, Carangola, MG, CEP 36800-000.