“Brigadeiro na lata” é o nome da campanha de Educação Ambiental criada para orientar turistas e moradores que visitam o Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, na Zona da Mata Mineira. O objetivo é sensibilizar os visitantes e pessoas que vivem no entorno da unidade de conservação sobre a necessidade da coleta e da destinação adequada do lixo produzido durante as visitas ao parque.
A campanha teve início no dia 25 de janeiro e surgiu a partir de uma reunião interna entre funcionários do parque, na qual foi levantada a questão do lixo descartado pelos turistas, e também pelas pessoas que passam pela BR-MGC 482, rodovia que atravessa a unidade de conservação. Propositalmente “Brigadeiro na lata” foi um trocadilho divertido, elaborado consensualmente entre os funcionários como forma de chamar a atenção para uma questão séria.
Foram produzidos e afixados cartazes informativos, nas portarias e nos estacionamentos, alertando sobre a responsabilidade do descarte adequado, além da implantação de tambores para o descarte de latas.
De acordo com a gerente do parque, Rose Belcavelo, a campanha é um projeto piloto, mas a intenção é que seja estendida durante todo o ano. “Futuramente, pretendemos ampliar para outras regiões do parque, já que estamos inseridos em oito municípios diferentes”, disse.
Parque
A unidade de conservação tem 14.984 hectares, onde predominam a Mata Atlântica, montanhas, vales, chapadas, encostas, além de diversos cursos d’água que integram as bacias dos rios Paraíba do Sul e Doce.
O Parque abriga vários picos como o do Soares (1.985 metros de altitude), o Campestre (1.908 m), o do Grama (1.899 m) e o do Boné (1.870 m). A altitude e o relevo amenizam a temperatura local e a neblina cobre os picos durante quase todo o ano, formando uma das mais belas imagens do Parque.
A Mata Atlântica, principal formação vegetal da área, está intercalada com os Campos de Altitude e afloramentos rochosos, formando um belo cenário. Considerado um paraíso botânico, o parque constitui um ecossistema rico em espécies vegetais como bromélia, peroba, ipê, orquídea, cajarana, jequitibá, óleo-vermelho e palmito doce. A neblina que, durante quase o ano todo, cobre os picos onde se localizam os campos de altitude, propicia as condições para a formação de um ecossistema rico em orquídeas, samambaias, liquens, bromélias, variedades de gramíneas, arbustos e cactus, dentre outras espécies.